O que fazer em casos de intermação

O calor produzido por fontes artificiais tais como fornos, minas e incêndios pode conduzir a pessoa que foi exposta, por tempo prolongado, a lesões cerebrais ou até a morte. É o fenômeno conhecido como “intermação”.

O calor excessivo provoca fadiga hipotalâmica e/ou fadiga das glândulas sudoríparas, bloqueando a sudorese que tem como função primordial a perda de calor. Como o organismo não consegue perder calor, a temperatura se eleva, atingindo diversos órgãos. Certas células morrem quando a temperatura do corpo é maior que 42°C. O cérebro, rins, fígado e coração são os órgãos mais afetados.

Os sintomas mais comuns causados pela intermação são desorientação, delírio, confusão mental, perda do controle intestinal e vesical, e convulsão. Síncopes podem ocorrer, evoluindo para o choque ou coma.

No socorro a uma pessoa que está passando por intermação, devemos removê-la do local para um lugar arejado e fresco e controlar seus sinais vitais (pulso, respiração, pressão). Se a pessoa estiver consciente, é aconselhável que administremos líquidos para reposição.

E se a vítima estiver inconsciente, o que fazer?

Se a pele da vítima apresentar-se fria, aqueça seu corpo e eleve os membros inferiores. Não administre líquidos. Se a pele apresentar-se quente, afrouxe as vestes da vítima e coloque a cabeça mais alta que o corpo. Encaminhe a vítima ao hospital.

A perda excessiva de água, seja por sudorese intensa, vômitos ou diarréias, eleva a concentração de íons sódio e cálcio nas células, provocando espasmos involuntários e dolorosos dos músculos, conhecidos como cãibras. A reposição de água e potássio restabelece este equilíbrio hidroeletrolítico. Além do calor e diminuição de potássio, o frio, a hiperventilação e venenos de aranhas (viúva- negra) podem provocar cãibras no indivíduo.