Superalimento é um termo utilizado para descrição de alimentos com alto teor de nutrientes e elevados benefícios para a saúde. A Goji Berry virou uma febre mundial depois de várias celebridades afirmarem seu consumo.
Apesar de se tornar conhecida recentemente no Ocidente, seu uso pelo povo oriental tem origem milenar – como fonte de “longevidade”. De origem tibetana, sua aparência de cor avermelhada se assemelha a um tomate-cereja. No Brasil essa fruta é mais facilmente encontrada na forma desidratada.
Seu destaque fica por conta de sua ação antioxidante e pela quantidade de vitamina C. Além disso, a Goji Berry é a maior fonte conhecida de carotenoides, que evitam problemas de visão e de pele.
Além de melhorar a imunidade, e ser responsável pela produção de colágeno – garantindo também o crescimento saudável de células -, a vitamina C auxilia no processo de emagrecimento. De acordo com a nutricionista Pâmela Miguel, um estudo na Universidade do Arizona constatou que quem possui uma baixa ingestão de vitamina C tem mais dificuldade em queimar gordura.
O excesso de gordura no organismo é uma inflamação, então a ação anti-inflamatória do Goji Berry auxilia na eliminação da gordura. Sua baixa quantidade de calorias é ideal para dietas restritivas. Seu índice glicêmico também é baixo, ou seja, não promove picos de glicose. Desta forma seu pâncreas não libera insulina, reduzindo o armazenamento de gordura no corpo.
O Goji Berry também é rico em vitamina B1, B2 e B6, que auxiliam na geração de energia, promovendo maior disposição. A primeira é responsável pelo funcionamento dos sistemas nervoso, muscular e cardíaco, e por participar do processo de metabolismo da glicose no organismo. A segunda age como um importante fator de proteção contra doenças cardiovasculares, evitando também a formação de tumores. E a terceira tem um papel importante no metabolismo das proteínas, dos carboidratos e dos lipídios; sendo responsável principalmente pela produção de epinefrina e serotonina – ambas responsáveis por proporcionar a sensação de bem-estar.
Os aminoácidos colaboram na produção de proteínas, que são as responsáveis pelo enrijecimento de músculos e redução da flacidez. Dentro destes aminoácidos está o triptofano, o famoso precursor do hormônio do bem-estar, a serotonina. Dentre os minerais está o germânio, considerado anticancerígeno. Os antioxidantes auxiliam no bom funcionamento do sistema neurológico, prevenindo inflamações, doenças cardiovasculares e distúrbios de visão. Já o ácido graxo (linoleico) ajuda na redução da taxa de colesterol ruim do sangue.
Há várias formas de consumo: in natura, desidratada, encapsulada e em pó (extrato). No Brasil é difícil encontrar a versão in natura do Goji Berry. Para a versão desidratada, é recomendada a ingestão com líquido, para hidratar as fibras e assim potencializar os benefícios. Pode ser consumida também com outras frutas, cereais, saladas, iogurtes e sucos.
Sugere-se o consumo diário de 120ml de suco ou de 15 a 45 gramas da fruta, ou seja, de 1 a 3 colheres de sopa ao dia. Na versão em cápsula ou em pó, siga a recomendação do fabricante.
O consumo elevado de Goji Berry pode ocupar o lugar de outros alimentos que são igualmente benéficos, e que também contém antioxidantes. E cada antioxidante de cada alimento tem uma função no organismo – alguns trabalham mais internamente na célula, outros mais na superfície. Por este motivo é importante variar seu consumo.
E, se você consumir toda a quantidade de antioxidante em uma única refeição, a absorção pelo corpo não se dará efetivamente. O ideal é a cada duas horas consumir uma fonte de antioxidante para ter a absorção máxima.
Assim, no geral, a Goji Berry pode ser usada como parte de uma dieta ou para manter um estilo de vida saudável.