Estamos em janeiro, em meio a um verão. É um ótimo momento para pensar em passar o dia inteiro na praia, na piscina, certo? E como fica nossa exposição ao sol? Como nossa saúde é impactada em relação a isso? Você já ouviu falar em termostato do organismo?
Os mamíferos apresentam um mecanismo de controle da temperatura corporal que permite uma adaptação melhor destes animais a diversos ambientes terrestres.
A manutenção da temperatura corpórea estável (homeotermia) é regulada por meio de alterações fisiológicas que são ativadas quando a temperatura aumenta ou diminui.
Quando a temperatura sobe rapidamente, devido a fatores climáticos ou atividade metabólica (esforço ou exercício físico), a temperatura do corpo e da pele se eleva. Os sensores periféricos e o aumento do fluxo sanguíneo mais aquecido estimulam o hipotálamo que, por sua vez, ativa o sistema nervoso autônomo para processar inúmeras alterações. A frequência respiratória aumenta para compensar a perda de calor através do ar expirado; o débito cardíaco também aumenta, fazendo com que mais sangue circule, aquecendo ainda mais o corpo. Para manter a temperatura estável entre 36,8°C-37°C, o corpo começa a suar, para esfriar a superfície da pele, funcionando como termostato.
Em algumas situações ambientais, patológicas ou de morbidade, a temperatura corpórea se eleva, podendo provocar lesões metabólicas ou nos tecidos afetados.
O sol tem sido nosso amigo por bilhões de anos. Graças a ele o planeta se desenvolveu, permitindo o surgimento e permanência da vida e a manutenção da cadeia alimentar até os nossos dias.
Os efeitos benéficos do sol são há muito conhecidos: ele auxilia no desenvolvimento dos ossos e dentes nos animais vertebrados, bem como seu crescimento; na absorção de vitaminas para o organismo, é um elemento fundamental na fotossíntese, favorecendo a reciclagem de oxigênio na Terra; é fonte de energia não poluente para a vida moderna do homem. Entretanto, o conhecimento sobre os efeitos nocivos do sol para o homem é mais recente. A exposição excessiva ao sol pode desencadear diversos problemas para o ser humano.
Neste artigo, você será capaz de:
- diferenciar insolação de internação e reconhecer os sintomas correspondentes;
- conhecer os principais procedimentos que devem ser executados nos estados patológicos provocados pelo calor;
- classificar e identificar os tipos de queimaduras, bem como os procedimentos de primeiros socorros nestes casos;
- reconhecer os agentes químicos e elétricos que possam causar queimaduras.
Há uns vinte anos foi detectada uma redução na quantidade de ozônio no polo sul. Desde então, observa-se uma taxa de 4% de redução deste gás. O ozônio é um gás essencial para a vida do planeta, pois filtra a radiação ultravioleta proveniente das ondas solares. A redução dessa camada de ozônio na atmosfera aumenta nossa exposição aos raios solares, provocando danos à nossa saúde. A exposição excessiva ao sol pode causar não só desequilíbrio hidrossalino (composto de água e sais), como também queimaduras e até câncer de pele.
E o que é insolação?
É o aumento da temperatura corporal, com depleção (diminuição, remoção) de sal ou água no organismo, por exposição excessiva e prolongada ao sol. A perda de sais minerais é mais comum, pois a perda de líquido geralmente estimula a sede. A pessoa afetada pode ter vertigens ou desmaiar, sentir fraqueza, náuseas e dor de cabeça. Pode ocorrer também visão com manchas e zumbido nos ouvidos. A pele fica quente, vermelha, brilhante e seca.
A insolação provoca febre alta, pulso rápido e respiração irregular. Em bebês, cujas reservas de água são menores, a insolação pode ocasionar rapidamente uma desidratação, que pode levar à convulsão.
A primeira providência a ser tomada é levar a vítima para um local fresco, à sombra. É necessário que se faça um resfriamento gradual da temperatura corporal, por banho frio ou compressas frias. É bom deitar a vítima de costas, com a cabeça e os braços erguidos, e aplicar na cabeça um pano molhado, ou compressa com gelo. Pode-se jogar água fria sobre a roupa, conservando-a molhada. O retorno à condição normal de equilíbrio hidroeletrolítico é essencial para não agravar o estado da pessoa. A reposição de sais e água deve ser imediata. Dar bastante água, sucos, sopas e bebidas isotônicas (que recompõe líquidos e sais minerais no organismo).